quinta-feira, 12 de março de 2015

Internado, ministro Cid não pôde ir à Câmara

DECLARAÇÃO POLÊMICA

12.03.2015

O Hospital Sírio-Libanês informou que o ministro está com "sinusite, traqueobronquite aguda e pneumopatia"

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O líder do PMDB na Câmara protocolou requerimento para criar uma comissão para avaliar as condições de saúde de Cid Gomes
FOTO: KLEBER A. GONÇALVES
Brasília. O ministro Cid Gomes (Educação) foi internado na última terça (10) no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, com suspeita de pneumonia.
Após participar de seminário na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, onde a temperatura marcava -11ºC, ele regressou ao Brasil no início da semana com febre e dificuldade de respiração. Após exames, foi diagnosticada traqueobronquite aguda - inflamação dos canais que levam o ar para os pulmões.
Na manhã de ontem, a assessoria da pasta protocolou pedido na Câmara para adiar a convocação do ministro, prevista para a tarde de ontem - a presença é obrigatória. No despacho, é feita uma solicitação para que seja agendada uma nova data.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), definiu a nova data do depoimento de Cid Gomes ainda ontem. O peemedebista informou que a nova convocação será na próxima quarta-feira (18).

Os deputados federais aprovaram a convocação diante de declaração feita por ele, em Belém, em evento na Universidade Federal do Pará, de que a Câmara tem "uns 400 deputados, 300 deputados" achacadores. "Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles", disse.
"Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas", acrescentou Cid em declaração feita no mês passado.
Diagnóstico
O Hospital Sírio-Libanês informou, por meio de boletim médico divulgado ontem, que o ministro foi diagnosticado com "sinusite, traqueobronquite aguda e pneumopatia".
Segundo a unidade, o político foi internado na terça-feira, após ser avaliado com a piora de um quadro de febre, associada a dor muscular, cefaleia (dor de cabeça) intensa, tosse e calafrios. O hospital afirmou que Cid Gomes foi medicado com antibióticos por via venosa e oral, corticosteroides e fisioterapia. No boletim, o hospital não informou o atual estado de saúde do ministro da Educação nem se há previsão de alta hospitalar.
De acordo com o Sírio-Libanês, as equipes médicas que acompanham o ex-governador são coordenadas pelos médicos David Uip e Roberto Kalil Filho.
Adiamento
O depoimento estava marcado para 15h de ontem, mas o Ministério da Educação enviou ofício à Câmara pedindo o adiamento.
O ofício foi assinado pelo ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa, e dizia que Cid não poderia comparecer à Casa, pois tinha sido "acometido de doença que provocou sua internação (...) sem definição a respeito da respectiva alta médica".
O pedido gerou reação de alguns deputados. O líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (RJ), informou ontem à noite por meio do perfil no Facebook que protocolou requerimento para criar uma comissão externa com o objetivo de investigar as condições de saúde do ministro.
A comissão seria formada por deputados médicos. "Se ele estiver mentindo, a Câmara tomará as providências previstas", disse.
Visita
Após compromissos em Brasília, o governador Camilo Santana (PT) foi a São Paulo visitar o ministro, segundo a assessoria de comunicação do governador.

FONTE: DN

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