segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Na Suécia, Dilma nega tentativa de acordo com Cunha

A presidente acusou "a oposição" de firmar um entendimento com o presidente da Câmara

Reprodução
POLÍTICA CORRUPÇÃO

Durante a visita a Estocolmo, na Suécia, a presidente Dilma Rousseff negou neste domingo, 18, que o governo tenha negociado um acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acuado por denúncia e suspeitas de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. Dilma acusou "a oposição" de firmar um entendimento com Cunha.

Questionada se considera pertinente um arranjo com Cunha para garantir uma trégua nos movimentos pró-impeachment no Congresso, a presidente descartou a hipótese. "Acho fantástico essa conversa de que o governo está fazendo acordo com quem quer que seja", disse. "O acordo de Eduardo Cunha não é com o governo, era com a oposição. Era público e notório. Até na nota aparece", acrescentou, referindo-se a comunicado das bancadas de PSDB, DEM, PPS e PSB na Câmara, no qual pedem o afastamento do cargo do presidente da Câmara para que ele se defenda.
Cautela
Apesar de negar acordo, Dilma procurou não entrar em rota de colisão com Cunha. Ela não comentou as investigações que mostram que o peemedebista mantinha contas secretas na Suíça, nas quais teria recebido propina - e cujo patrimônio oculto no exterior seria de R$ 61 milhões. Mas, indagada sobre a repercussão internacional do caso, repetiu: "Lamento que seja com um brasileiro".
Sobre a crise política, a presidente afirmou não ver "grandes alterações ao longo desse semestre", mesmo depois da decisão do Supremo Tribunal Federal que suspendeu a interpretação do presidente da Câmara sobre o rito processual de um eventual processo de impeachment.
O presidente da Câmara também nega acordo, apesar de ter melhorado sua relação com o governo principalmente depois que Jaques Wagner foi nomeado chefe da Casa Civil. Nas últimas semanas, eles já se encontraram pessoalmente duas vezes e falaram diversas vezes ao telefone. Apesar das novas revelações da Procuradoria-Geral da República sobre as contas atribuídas a Cunha no exterior, o governo não quer fustigá-lo.
Líderes do governo e do PT têm evitado promover ataques públicos a ele. Cunha não aceita falar em renúncia do cargo de presidente da Câmara, pois ainda soma apoios importantes na Casa.
Ele é respaldado pela bancada evangélica e por grupos conservadores que têm como base de apoio policiais e ex-militares. Além disso, na eleição do ano passado, ajudou dezenas de parlamentares a arrecadar recursos para campanhas.
O presidente da Câmara tem dobrado a aposta de quem diz que ele vai cair em breve. Nesta segunda-feira, 19, deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal os recursos contra as decisões liminares (provisórias) concedidas na semana passada pelos ministros Rosa Weber e Teori Zavaski.
O presidente da Câmara ainda acredita que pode sair vitorioso quando o plenário da corte avaliar cada uma das medidas. Cunha, contudo, não descarta outra estratégia: revogar a questão de ordem que motivou as ações no Supremo. Isso tornaria sem efeito as liminares e acabaria com qualquer polêmica na avaliação de um novo processo de impeachment.
Novo pedido
A oposição deve apresentar amanhã mais um requerimento de afastamento de Dilma. Antes do recrudescimento das denúncias contra Cunha, os partidos oposicionistas contavam com o apoio do peemedebista para promover o impeachment de Dilma.
Após as novas revelações das investigações, líderes do PSDB passaram a reavaliar sua proximidade com Cunha. Isso fez com que o presidente da Câmara voltasse a ser cortejado por governistas para que ele desistisse do impeachment em troca de ajuda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
FONTE: Notícias ao Minuto

Não há risco de impeachment, afirma Dilma

A declaração foi feita em entrevista concedida ao lado do primeiro-ministro da Suécia

Reuters
POLÍTICA CONFIANTE

A presidente Dilma Rousseff descartou na manhã desta segunda-feira, 19, em Estocolmo, na Suécia, que seu governo corra risco de impeachment em razão da crise política. Segundo ela, não haverá "ruptura institucional" no Brasil, nem "crise política mais acentuada".

As declarações foram feitas em entrevista concedida ao lado do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, minutos após encontro bilateral com o chefe de governo. Questionada pela imprensa sueca se as crises econômica e política e a ameaça de impeachment colocavam em risco o contrato de US$ 4,5 bilhões com a Saab para aquisição de 36 aviões de caça Gripen NG, que equiparão a Força Aérea Brasileira (FAB), a presidente descartou a possibilidade
"Eu asseguro que o Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional", respondeu. "Nós somos uma democracia e temos tanto um Legislativo, como um Judiciário e um Executivo independentes, mas também que funcionam com autonomia e harmonia. Não acreditamos que haja nenhum risco de crise política mais acentuada."
Dilma ressaltou ainda que países da Europa e os Estados Unidos, que sofreram mais o impacto da crise econômica de 2008, não romperam contratos firmados, e que não há razões para crer que isso poderia acontecer no caso da Saab no Brasil. Como já havia feito minutos antes em discurso a empresários suecos, a presidente reiterou a força da economia do País e o caráter "conjuntural" da turbulência econômica.
"O Brasil tem uma economia estruturalmente sólida. Nós não temos bolhas de crédito, não temos um processo estrutural que leve o Brasil a uma crise profunda, não temos problemas monetários", enumerou. "A crise do Brasil é conjuntural e está sendo enfrentada". Com informações do Estadão Conteúdo.
FONTE: Notícias ao Minuto

LEITURA ORANTE

Lc 12,13-21 - Para que acumular?

Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Preparo-me para a Leitura, 
rezando com todos que navegam pela internet, 
com Santo Tomás de Aquino:
Concede-me, Senhor meu Deus,
uma inteligência que te conheça,
uma vontade que te busque,
uma sabedoria que te encontre,
uma vida que te agrade,
uma perseverança que te espere com confiança e
uma confiança que te possua, enfim. Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto Lc 12,13-21, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Um homem que estava no meio da multidão disse a Jesus:
- Mestre, mande o meu irmão repartir comigo a herança que o nosso pai nos deixou.
Jesus disse:
- Homem, quem me deu o direito de julgar ou de repartir propriedades entre vocês?
E continuou, dizendo a todos:
- Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas.
Então Jesus contou a seguinte parábola:
- As terras de um homem rico deram uma grande colheita. Então ele começou a pensar: "Eu não tenho lugar para guardar toda esta colheita. O que é que vou fazer? Ah! Já sei! - disse para si mesmo. - Vou derrubar os meus depósitos de cereais e construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas colheitas junto com tudo o que tenho. Então direi a mim mesmo: 'Homem feliz! Você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se.' " Mas Deus lhe disse: "Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou?"
Jesus concluiu:
- Isso é o que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas para Deus não são ricos.