PARCERIA
Estadão Conteúdo | 20h07 | 28.02.2015
O investimento do projeto é de US$ 103 milhões, dos quais US$ 23,5 milhões foram bancados pela Eletrobras
O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, disse neste sábado (28) que importar energia do Uruguai será algo vantajoso para o Brasil, o que se refletirá no preço da tarifa praticado no País. O comentário foi feito antes de os presidentes José Mujica e Dilma Rousseff inauguraram o parque eólico de Artilleros, o primeiro empreendimento da Eletrobras a gerar energia no exterior.
Segundo a Eletrobras, a energia produzida pelo parque se destinará ao sistema elétrico do Uruguai, mas a capacidade instalada naquele país vai permitir que a geração de excedentes de energia sejam intercambiados com o sistema elétrico brasileiro. O investimento do projeto é de US$ 103 milhões, dos quais US$ 23,5 milhões foram bancados pela Eletrobras - o restante foi pago pela estatal uruguaia UTE e pela Corporación Andina de Fomento.
Atualmente, a interconexão elétrica existente entre os dois países permite um intercâmbio de até 70 MW. Esse intercâmbio poderá ser aumentado em 500 MW, com a finalização de uma nova linha de transmissão entre Brasil e Uruguai, prevista para o primeiro semestre.
"Essa energia pode ir para o Brasil com as novas interligações. A partir de maio a linha estará disponível para esse intercambio de energia. Sem dúvida que isso vai ajudar (o consumidor brasileiro), porque essa importação (de energia do Uruguai) vai ser feita somente se o preço ofertado for menor do que as térmicas mais caras que estão operando no Brasil", comentou o presidente da Eletrobras.
"No fundo há vantagem, que se reflete no preço da tarifa de energia, sim. Essa energia que vamos gerar aqui pertence ao Uruguai. O Uruguai terá disponibilidade e com isso essa energia vai ser ofertada para o Brasil, e isso é muito bom", completou.