quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Relator do decreto de intervenção pede remanejamento de verbas para ações no Rio

Brasília - Presidente do Congresso Nacional,
Eunício Oliveira, conduz sessão para votar decreto
de intervenção na segurança do Rio de Janeiro
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
POR AGÊNCIA BRASIL - O relator no Senado do decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro, Eduardo Lopes (PRB-RJ), defendeu o remanejamento de recursos para que a operação de combate à violência no estado tenha eficácia. Após ser anunciado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira, Eduardo Lopes leu em plenário o parecer recomendando a aprovação do decreto, assinado na sexta-feira (16) passada pelo presidente Michel Temer.

"Não dá para começar uma operação com esta magnitude e, no meio, a gente dizer que não alcançamos o que queríamos por falta de recursos. Se há um estado de exceção, então temos que dar todo empenho e sacrifício necessário para realizar este trabalho", afirmou o parlamentar, cuja base eleitoral é do Rio de Janeiro, a exemplo da relatora da votação de ontem na Câmara, deputada Laura Carneiro (MDB).

No parecer, o senador reconhece que a intervenção é um ato excepcional e “não pode ser banalizado”. Segundo ele, o decreto vai permitir que sejam garantidos direitos constitucionais como vida, liberdade, segurança e propriedade. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, acompanha a sessão no plenário do Senado.

“A situação atingiu patamar que exige que o Estado brasileiro abra mão de todos instrumentos. Sabemos que ela não é exclusiva do Rio de Janeiro. Há altos índices de violência em outros estados, mas sem dúvida a situação do Rio repercute muito mais, tanto internamente como internacionalmente”, argumentou, acrescentando exemplos de insegurança no estado, como o assalto a um carrinho de cachorro quente com pessoas portando um fuzil.