segunda-feira, 2 de março de 2015

Cientistas russos concluem testes de remédio que promete curar o alcoolismo

PESQUISA

15h48 | 02.03.2015

A grande vantagem que apresenta em comparação com outros remédios similares que já estão no mercado, são os poucos efeitos colaterais que provoca

remédio
O composto deve passar agora para fase de testes clínicos em humanos
AFP
Um grupo de cientistas da Universidade Politécnica de Tomsk (UPT), na Rússica,concluiu neste mês os testes de laboratório de uma substância que poderia curar o alcoolismo, disse nesta segunda-feira (2)  o chefe da pesquisa, Viktor Filimonov, em declarações à Agência Efe. A UPT é o principal centro de estudos superiores da Sibéria e é considerada a melhor universidade russa fora de Moscou e São Petersburgo, mas quer ter espaço entre as melhores politécnicas do mundo.
"Os resultados dos testes em animais forampositivos. 70% dos ratos submetidos ao teste e que previamente foram transformados em viciados em álcool, mostraram um desejo menor de beber após receber o tratamento", assegurou o cientista.
O remédio foi desenvolvido com o Instituto de Pesquisa Científica da Saúde Mental da Academia Russa das Ciências Médicas, que também fica na cidade siberiana de Tomsk. O composto foi descoberto na hora de elaborar outro remédio, que já é comercializado nas farmácias, desenvolvido pelo laboratório da UPT para aliviar as convulsões que sofrem os epilépticos.
No transcurso da pesquisa, os cientistas se deram conta de que o princípio ativo poderia também ajudar as pessoas que sofrem adições narcóticas, já que estas, da mesma forma que a epilepsia, afetam o sistema nervoso central.
Após consultar outros especialistas médicos da Universidade, entre eles especialistas em psiquiatria, os cientistas começaram sua pesquisa e agora acham que sua descoberta pode ter futuro.
A grande vantagem que apresenta em comparação com outros remédios similares que já estão no mercado, são os poucos efeitos colaterais que provoca.
A equipe cientista espera estender seu trabalho ao campo das drogas e ensaiar os efeitos do remédio em outras dependências. O composto deve passar agora para fase de testes clínicos em humanos, embora atualmente, o laboratório espera receber financiamento estatal para avançar na pesquisa.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE

Nenhum comentário: