Os praticantes reforçam a tese de que a calistenia é democrática e, por ser realizada geralmente ao ar livre
POR NOTÍCIAS AO MINUTO - Vídeos virais nas redes sociais começaram a chamar a atenção para a calistenia, uma atividade física que ganhou muitos adeptos no Brasil durante a pandemia de covid-19. Isso porque ela é feita ao ar livre e não necessita de equipamentos caros e modernos para a prática. Olhando de longe, parece uma mistura de ginástica artística com elementos do circo e do parkour. Mas na realidade é uma metodologia, segundo seus praticantes."A calistenia é um método de treinamento que usa o peso do próprio corpo para fazer os exercícios. Durante a pandemia, as pessoas buscaram uma forma de treinar, e por isso a calistenia está tão em evidência agora", explicou Nathalie Diniz, de 35 anos, que segue essa metodologia há 13 anos e inclusive dá aulas da prática para iniciantes.
A reportagem do Estadão se encontrou com ela e outros três praticantes - André Santos, Danilo Morgan e David Medrado - na Praça Horácio Sabino, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo (aliás, é muito comum a ocupação de espaços públicos por esses grupos, seja nas praias ou nas cidades). Lá, todos os dias, mas especialmente em fins de semana, esportistas se encontram para praticar a atividade física. É um dos poucos lugares da capital paulista que têm uma estrutura mínima para estágios mais avançados, como barras de ferro, paralelas e tapetes de borracha para minimizar o impacto das quedas.
"Às vezes, nós encontramos locais com barra de inox, mas não serve, pois é muito lisa. Então tem muita gente que manda serralheiro fazer a barra, e nossa casa acaba sendo um refúgio para treinar", comenta André, que tem 17 anos e já fez um upgrade e agora pratica street workout, algo como treino ou malhação de rua em uma tradução livre.
"Em meio à pandemia, o esporte me salvou. Comecei a praticar antes disso, quando tinha uns 14 anos, e entrei nisso mais por estética, pois queria ter um corpo legal. Aí comecei a treinar em casa sozinho, vendo tutoriais no YouTube. Fui me desenvolvendo e fiquei mais maduro, comecei a pensar num futuro melhor e até em ser atleta", contou André, que chama a atenção pela força e pelo equilíbrio que tem.
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