Postado por Artur Ricardo
FONTE: Academia Virtual de História
Por João Artur.
Casarão localizado no Distrito de Água Verde no município de Guaiuba. As margens da 060-CE, 41 quilômetros da capital cearense.
Guaiuba fica na Região Metropolitana da Grande Fortaleza. Tem uma população estimada em 24.091 habitantes, segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE. Água Verde é um dos Distritos. Os demais são Itacima, Dourado, Baú, São Jeronimo além da Sede do Município.
O casarão foi construído no Século XIX, ao longo do tempo sofreu alterações em relação a sua construção original. De estilo Neocolonial, bem ampla, com espaçosa com dois pavimentos e vista para o Maciço de Baturité.
O casarão é centenário. No alto pode-se observar uma grande cruz. Formada em dois pavimentos. No primeiro piso, as divisões são bem definidas: salas, quartos, cozinha, etc. Já no segundo piso é possível encontrar uma infinidade de portas, janelas e corredores curtos e baixos com pequenas aberturas para passagem da luz e do ar; portas e tetos são tão baixos que pessoas só têm acesso se agachados.
A residência pertencia à família do Senhor Durval, o primeiro dono que era de família tradicional, depois de sua morte os seus parentes tomaram de conta. Naquela época costumava-se enterrar os seus parentes no terreno. Era costume de muitas famílias poderosas desse período, criar um cemitério particular próximo da própria casa.
Alguns relatam que no casarão havia uma senzala nas proximidades, mas não se tem um estudo que comprove o fato. Muitos associam a possível existência de uma senzala no local, devido a proximidade da Cidade de Redenção, onde muitos historiadores apontam como sendo a primeira cidade do Brasil a alforriar seus escravos, quatro anos antes da Lei Áurea (1888).
Segundo relatos locais, o seu último proprietário faleceu no local, e desde então o casarão ficou abandonado por muitos anos. Há relatos de pessoas que testemunharam eventos paranormais na casa.
Uma testemunha que não quis se identificada nos relatou um fato interessante ocorridos na casa.
“(...) Numa noite vi a casa envolta num incêndio que durou toda a noite. De manhã, fui até lá para avaliar os estragos, e constatei que não havia incêndio algum, tudo estava como antes”.
Através desse e de outros relatos é possível perceber que o casarão ganhou no imaginário popular como sendo uma casa mal assombrada. Não tem esse que por lá não passe e não indague: “olha a casa mal assombrada!” É assim, de estória em História, que se forma em torno do casarão, a ideia de assombrada e misteriosa.
Gritos, lamentos, vozes, sussurros, choros de crianças, gargalhadas assustadoras; portas batem, janelas fecham, luzes se apagam e correntes se arrastam. É o relato daqueles que conseguiram por pouco tempo permanecer na casa.
Há depoimentos de quem morou por lá e diz que os “fatos sobrenaturais” ocorridos realmente são verdadeiros e que sempre ocorrem sempre à meia-noite, meio-dia e às 18:00 horas.
Miguel Coelho, uma auxiliar de enfermagem que viveu no casarão no ano de 2010, narra histórias assustadora, devido os acontecimentos permaneceu somente cerca de três meses. Miguel teve o seu depoimento gravado na Rádio Rede Escola Portal da Serra do Centro de Educação, Arte e Cultura de Guaiuba.
“No primeiro mês foi tranquilo, mas a partir do segundo mês apareceram coisas estranhas como vozes de homens e mulheres chamando o meu nome. Eu respondia e não aparecia ninguém”.
O mesmo Miguel, de formação católica, e que não crer na volta de espíritos para a terra dos viventes, ou seja, na doutrina espirita, nos conta que “viu um homem de seus 40 anos, por voltas das 18:00 horas da noite, passar pela casa e sumir”.
Para ele “tem algo que os antepassados enterraram nas proximidades da casa, como moedas de ouro e prata, e deve se por causa disso que surgem essas coisas estranhas”.
Atualmente os herdeiros do casarão são aos irmãos Waldir Cavalcante e Silvia Cavalcante. Waldir, não demostra temor e planeja, após o término do inventário do imóvel, pretende restaurar e ficar residindo na casa.
Em 2013-2014 devido a duplicação da 060-CE o Governo do Estado do Ceará, teve que fazer um desvio, deixando a mesma no meio, entre as vias, preservando-a. Dizem algumas pessoas da comunidade que os engenheiros foram atormentados em sonhos para que não demolisse o casarão. Será?
Hoje completamente abandonada, são outras vozes que soam naquele casarão, são as vozes da droga, da violência e da prostituição, que assustam a comunidade local. Com isso, é possível concluir que não são os mortos que nos assustam, mas a ação dos vivos que por lá residem.
Fontes Consultadas
Site Fortaleza em Fotos
Blog Noite Sinistra
Arquivos do Insólito
Arquivos da Tribuna do Ceará
Fotos dos Arquivos de: Rodrigo Paiva (Fev. 2014), Aragão, João Artur e Google Imagens.
FONTE: Academia Virtual de História
2 comentários:
Lamentamos, não termos muito o que falar do municipio de GUAIUBA a não ser falar de um casarão que dizem ser assombrado, quando na verdade nem temos a certeza disso, ou seja, se realmente é assombrado.Seria muito bom se aqui a gente pudesse falar de algo feito pela administração em prol da população guaiubana,mas infezmente não temos.
Lamentamos, não termos muito o que falar do municipio de GUAIUBA a não ser falar de um casarão que dizem ser assombrado, quando na verdade nem temos a certeza disso, ou seja, se realmente é assombrado.Seria muito bom se aqui a gente pudesse falar de algo feito pela administração em prol da população guaiubana,mas infezmente não temos.
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