terça-feira, 30 de junho de 2015

Lula quer salvar Dilma e Guimarães propõe radicalismo


FOTO: GIVALDO BARBOSA/ AGÊNCIA O GLOBOO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, na noite dessa segunda-feira (29/06) em Brasília, a mais dura ofensiva para salvar o Governo da presidente Dilma Rousseff, reunificar o PT e definir estratégias para enfrentar a oposição diante das denúncias de corrupção na Petrobras, que atingem membros do Palácio do Palácio e do próprio Partido dos Trabalhadores.
Lula, em reunião com integrantes da cúpula nacional e deputados federais e senadores do PT, pediu união e pregou aos parlamentares que “virem à página” do ajuste fiscal e “não se acanhem” diante da oposição, saindo em defesa do governo da presidente Dilma Rousseff. O ajuste fiscal, que dividiu as bancadas no Senado e na Câmara Federal por mexer com direitos e benefícios trabalhistas e sociais, representou um ponto de conflito na relação da base aliada com o Palácio do Planalto.
O ex-presidente Lula ouviu as reclamações, concordou com a angústia dos companheiros, mas os convocou a apoiar uma agenda positiva do Governo Dilma. O apelo é no sentido do PT não se dispersar, nem deixar os aliados mais próximos, como o PMDB, migrar mais cedo para a oposição com os olhos voltados para  a disputa presidencial de 2018. Lula sabe que se o Governo Dilma for bem, terá chances de entrar na corrida eleitoral de 2018. Se o caminho for inverso, pegará o pijama e esquecerá as urnas.
A reunião com as lideranças nacionais do PT foi convocada após o noticiário do final de semana trazer novas revelações do escândalo da Petrobras, com denúncias sobre dinheiro de caixa dois em campanhas presidenciais da sigla em 2006, 2010 e 2014. As denúncias bateram, ao mesmo tempo, a ante sala do gabinete da presidente Dilma.
Lula tentou ainda se redimir das críticas públicas feitas na semana passada quando disse que ele, o PT e o Governo Dilma estavam no volume morto – referência ao termo técnico usado com frequência em tempos de seca quando os reservatórios estão com um nível de água muito baixo e, às vezes, impróprio para o consumo. As críticas não foram bem vistas internamente e, fora do PT, deram munição para a oposição bater.
O desgaste com as denúncias de corrupção na Petrobras e a baixa popularidade do Governo Dilma geram os desencontros internos que levaram o ex-presidente Lula a encerrar a reunião, na noite dessa segunda-feira, em Brasília, com o veemente apelo para o PT se manter firme na trajetória de luta e rebater, com firmeza, os ataques da oposição.
As palavras do ex-presidente Lula encontraram ressonância: “Vamos enfrentar a oposição com o mesmo radicalismo que eles nos enfrentam. Temos que mostrar para a sociedade o cerco que eles querem montar contra o PT, criminalizando o partido”, pregou o líder do PT na Câmara Federal, José Guimarães, que ouviu, também, as declarações nesse mesmo sentido do líder do PT no Senado, Humberto Costa. ‘’ Temos que esquecer o ajuste e passar para o controle do cenário econômico do país’’.
Fonte: Ceará Agora

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