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E esse número tende a aumentar, já que o sêmen masculino promete perder cada vez mais sua qualidade. Afirma-se que isso vem acontecendo desde 1930 e ainda não há razões conclusivas sobre as causas.
Entre as principais suspeitas estão o uso de álcool, cigarro e substâncias químicas encontradas em pesticidas, solventes e recipientes plásticos. Segundo reportagem da BBC Brasil, um estudo recente foi realizado no país pela bióloga Anne Ropelle em sua dissertação mestrado na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.
Ela analisou diversas amostras de espermogramas realizados no período de 1989 e 2016 e concluiu que realmente há uma queda drástica na qualidade do sêmen masculino. Quantidade de espermatozoides, capacidade de movimentação para chegar ao óvulo e morfologia foram os aspectos analisados por Anne.
“Notamos uma queda significativa em todos eles”, afirma. Outros estudos mais antigos realizados em outros países dão ênfase aos resultados encontrados pela bióloga, como da bióloga dinamarquesa Elisabeth Carlsen.
Após analisar 61 estudos sobre a qualidade do sêmen, ela mostrou que no período de 1938 a 1991 a concentração média de espermatozoides caiu de 113 milhões/ml para 66 milhões/ml. Isso prova que a qualidade seminal é uma realidade e é preciso se aprofundar no assunto para entender o que de fato causa essa baixa.
O estilo de vida dos homens é parte fundamental para de chegar a uma resposta concreta e todas as suspeitas apontam para hábitos não saudáveis que podem agravar o problema. Até mesmo o uso do celular pode ter influência direta nisso, como afirma o urologista Leocácio Barroso, do Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará.
“Alguns estudos demonstraram que o tabagismo e o consumo de álcool em excesso podem diminuir a qualidade do sêmen. Outro fator muito prevalente é a obesidade, que pode levar a um desequilíbrio hormonal. Um estudo mostrou que homens com excesso de peso têm o esperma pior. Além disso, o uso de telefones celulares têm aumentado as preocupações em relação ao efeito das suas ondas eletromagnéticas na fertilidade”, afirma.
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