segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Primeiro a ter união estável com 2 mulheres no Rio fala sobre a relação

Os três vivem juntos há dois anos e meio e oficializaram a união na sexta (1º).Famílias das duas mulheres ainda não aceitam o relacionamento do trio.
Por G1
A tabeliã Fernanda Leitão (primeira mulher à esquerda)
celebrou a primeira união poliafetiva de um homem, Leandro, e duas mulheres, Yasmin e Thais, do Rio (Foto: Simone Goldstein/ Divulgação)
O ditado diz: um é pouco, dois é bom, três é demais. Mas, para o funcionário público Leandro Jonattan da Silva Sampaio, de 33 anos, sobra mesmo é o amor que o uniu oficialmente a duas mulheres na sexta-feira passada (1º), no 15º Ofício de Notas, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Trata-se do primeiro trio – formado por um homem e duas mulheres – a formalizar a união estável poliafetiva no estado, como antecipou a coluna Ancelmo Gois, do jornal "O Globo".

Para Leandro, dividir a vida com duas mulheres – a desempregada Thais Souza de Oliveira, de 21 anos, e a agente de negócios Yasmin Nepomuceno da Cruz, de 21 anos –  é uma questão de hábito e maturidade. E olha que no caso dele são três mulheres, já que ele tem uma filha biológica de 2 anos com Thais.
“Minha mãe acha que é uma tarefa difícil. Mas é como digo para ela: é tudo uma questão de costume, de adaptação. Se você coloca três ou quatro cães que não se conhecem diante de um bife, eles vão se morder e brigar pelo bife, porque não conseguem se comunicar. Com o ser humano é diferente, a gente conversa e tenta se entender. Não vejo como não pode funcionar”, explica Leandro, que vive maritalmente com as duas mulheres na mesma casa há dois anos e meio.
Bem tranquilo, o funcionário conta que já tinha experiência com relacionamento múltiplo. Ele e a mulher com quem foi casado por 11 anos já se envolviam com outras pessoas, até que há cinco anos ele conheceu Thais. Leandro expôs a situação, contou que era casado, e a jovem topou encarar o relacionamento a três. O convívio durou dois anos.
“Não vou dizer que não deu certo, porque vivemos em harmonia durante 11 anos. Fomos muito felizes, mas houve um desgaste natural na relação. Hoje ela é casada com outra mulher e vive muito feliz. Somos muito amigos”, contou Leandro.