sábado, 25 de junho de 2016

Clássico papel de parede do Windows XP completa 20 anos; conheça sua história



RENATO SANTINO

Nesta sexta-feira, 24 de junho de 2016, talvez a fotografia mais vista da história da humanidade completa 20 anos. Estamos falando da foto “Bliss”, conhecida por ser o papel de parede do Windows XP, clicado pelo fotógrafo Charles O’Rear neste mesmo dia, deste mesmo mês, em 1996.
From @Timehop today: In 1996, Charles O'Rear took a photo that became the most popular Windows wallpaper ever. 
A informação partiu da própria Microsoft, embora haja um conflito de datas. A empresa afirma em seu Twitter o 24 de junho, e outras fontes corroboram a data, mas o fotógrafo diz, em entrevista à própria Microsoft, que a imagem foi feita em janeiro, que é a época em que mais chove na Califórnia e quando a grama fica mais verde.
Indendentemente da data, a história por trás da foto é, na verdade, uma história de amor. A imagem, feita em Napa Valley, ao norte de San Francisco, é parte da paisagem que O’Rear presenciava todas as sextas-feiras, quando ia visitar sua namorada. Percebendo a beleza da área, ele começou a se preparar para a foto de sua vida, esperando o momento perfeito.
Segundo ele, a foto foi clicada numa época do ano em que a grama fica especialmente verde na época das chuvas na Califórnia. Ele usou uma câmera Mamiya RZ67 com um filme Fujifilm, que ressaltava mais as cores, e não há nada de Photoshop na imagem. A foto foi feita e revelada diretamente do filme, sem tratamento no computador. Apenas técnicas da sala escura podem ter sido utilizadas no tratamento da imagem, embora a Microsoft tenha alterado o verde para destacá-lo um pouco mais.
Charles O’Rear conta que os “engenheiros” (ele não tem certeza se eram engenheiros) da Microsoft estavam atrás de uma imagem que transmitisse paz e encontraram sua obra no banco de imagens Corbis, fundado por Bill Gates em 1989, onde foi encontrada por ninguém menos que o próprio Bill Gates; O’Rear, no entanto, não tem certeza do que eles estavam pesquisando quando acharam a sua foto.

Logo a empresa se dispôs a comprá-la por uma quantia secreta, que não pode ser revelada por força de contrato. Houve, no entanto, um contratempo na negociação, que foi a dificuldade de enviar o negativo para a Microsoft. As empresas de entrega não aceitavam entregar a encomenda devido ao seu valor. Contudo, a desenvolvedora do Windows XP estava tão interessada na foto, que pagou uma viagem de avião para O’Rear entregá-lo nas mãos da equipe responsável e assinar os papéis necessários para isso.

Número de partos por cesárea cresce 40% consolidando domínio da prática


Parto-agendado-aumenta-chance-de-nascimentos-prematuros

Em uma década e meia a quantidade de partos por cesariana no Brasil aumentou mais de 40%. Nesse período, a predominância do parto normal foi desfeita: se no ano 2000 as cesáreas representavam 38% dos nascimentos, os dados recentes mais completos indicavam uma taxa de 57%.
As estatísticas do Sistema Nacional de Informações sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, apontam como esse procedimento cirúrgico, indicado para partos de alto risco, ganhou espaço mesmo em casos sem indicação médica e se consolidou como líder no país nos últimos seis anos.
Com o alto crescimento de cesárea, governo e entidades profissionais do setor foram levados a tomarem medidas para diminuir os riscos aos bebês.
O CFM (Conselho Federal de Medicina) divulgou nesta semana uma resolução que define que gestantes têm direito de optar pela cirurgia, mas veta que ela ocorra com mens de 39 semanas de gestação –antes desse período, avalia que os bebês ainda não estão totalmente maduros. As cesáreas foram responsáveis em 2014 pela chegada de 1,7 milhão de bebês –contra 1,2 milhão em 2000.
“Há mais de 30 anos que os números [de cesáreas] vêm aumentando”, disse Eduardo Cordioli, da Sogesp (associação de obstetras de SP). “É um problema crônico que está chegando a um limite insuportável para o sistema.”
Ele e outros especialistas ouvidos pela Folha mostram alguns dos motivos para o crescimento: medo de sentir dor no parto normal, falta de leitos nas maternidades e de profissionais, baixa remuneração dos médicos e falta de informação às gestantes.
A lista vai além. “Os médicos passaram a organizar a agenda em função de fazer partos cesáreas, os hospitais deixaram de ter lugar para parto normal e ampliaram a UTI neonatal, e as mulheres passaram a entender o parto cirúrgico como uma tecnologia. Vários mitos foram criados”, afirma Martha Oliveira, diretora da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Ela lembra que a situação “é mais grave” nos planos de saúde -chega a 84,6%.
No ano passado, a ANS lançou medidas que proibiam a cesárea agendada. Após críticas, voltou a liberar a possibilidade, desde que a gestante assine um termo de consentimento. Agora, a ideia é investir em parcerias com hospitais para reorganização do modelo de atendimento.
A mudança no modelo é defendida por Ana Cristina Duarte, do Grupo Maternidade Ativa. “Se não houver medidas, a tendência sempre vai ser fazer o que dá mais dinheiro e gasta menos tempo”, diz ela, que prega a maior participação de enfermeiros obstétricos em partos de baixo risco.
Com Folha de São Paulo

FONTE: Ceará Agora