segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Casos de catapora aumentam durante a primavera

Infectologista explica principais sintomas e tratamento sobre a doença, comum nesta estação

Por Jornal do Brasil
Bolhas vermelhas na pele espalhadas por todo corpo que causam coceira, febre, fadiga e perda de apetite são alguns dos sintomas da varicela, mais conhecida como catapora. A doença é caracterizada como uma infecção viral altamente contagiosa, mas benigna é causada pelo vírus varicela zoster, muito comum durante este período do ano e que acomete em sua maioria as crianças.
A transmissão acontece por meio do contato com secreções respiratórias ou objetos contaminados pelo doente, da mãe para o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação e pode ocorrer de um a dois dias antes do aparecimento das lesões e até seis dias depois. 

Segundo a presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, Thaís Guimarães, a catapora é uma doença comum, mas que pode desenvolver sérias complicações em alguns casos, como: infecção bacteriana secundária; doença invasiva por estreptococos do grupo A (fasciite necrotizante e síndrome do choque tóxico) e pneumonia (causada pelo próprio vírus ou como resultado da infecção bacteriana secundária). Também podem ocorrer complicações neurológicas, como a cerebelite e encefalite. Mais raramente, osteomielite, artrite, varicela hemorrágica e a síndrome de Reye.
Além disso, devem tomar muito cuidado com a doença pacientes que estão com a imunidade baixa devido ao tratamento de outras complicações, como HIV e câncer, gestantes, recém-nascidos e aqueles que em algum momento da vida tiveram catapora. Por isso, aos primeiros sintomas é necessário procurar um serviço de saúde para que um profissional possa indicar o melhor tipo de tratamento e avaliar a gravidade do caso.
Não há tratamento específico para a catapora, mas há medicamentos e medidas simples que são capazes de aliviar os sintomas. “Fazer compressas de água fria para ajudar a reduzir a coceira provocada pelas vesículas, não se deve coçar as feridas, evitando infecções e cicatrizes, faça repouso e beba bastante líquido. A vacinação nos primeiros anos de vida do indivíduo também é uma opção 97% eficaz, pois previne a doença ou a torna muito moderada”, finaliza o especialista.  
Sobre a SPI
Criada em 1993 e teve como primeiro presidente o infectologista Dr. Roberto Focaccia, que conseguiu reunir representantes das Faculdades de Medicina do Estado, de Hospitais Universitários e de grandes hospitais com Serviços de Infectologia. A prioridade estabelecida a partir desta data foi a de impulsionar a realização de eventos científicos destinados, sobretudo, aos infectologistas do interior do estado de São Paulo, o que foi concretizado nos inúmeros congressos e eventos da SPI. Os marcos mais relevantes da SPI se referem às realizações dos Congressos Paulista. Desde a sua fundação, a SPI já realizou nove edições do evento mais importante da federada paulista.Uma constante preocupação da Sociedade Paulista refere-se à atualização permanente dos infectologistas. Com sucessivas conquistas, a SPI consolida seu espaço como a maior federada da Sociedade Brasileira de Infectologia, reunindo atualmente cerca de 700 associados. facebook.com/sociedadepaulistadeinfectologia

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