sábado, 28 de novembro de 2015

Evangelho do dia


Sábado, 28 de Novembro de 2015.
34° Semana do Tempo Comum
Santo do dia: Santo Irenarco, mártir
Cor litúrgica: verde
Evangelho do dia: São Lucas 21, 34-36
Primeira leitura: Daniel 7, 15-27
Leitura da profecia de Daniel:
15Fiquei chocado em meu íntimo: eu, Daniel, fiquei aterrorizado com estas coisas, e as visões da imaginação me deixaram perturbado. 16Aproximei-me de um dos presentes e pedi-lhe que me desse explicações sobre o significado de tudo aquilo. Respondeu-me, fazendo-me conhecer a interpretação das coisas: 17Estes quatro possantes animais são quatro reinos que surgirão na terra; 18mas os que receberão o reino, são os santos do Altíssimo; eles ficarão de posse do reino por todos os séculos, eternamente.' 19Depois, quis ser mais bem informado a respeito do quarto animal, que era bastante diferente dos outros e o mais terrível de todos, com seus dentes de ferro e garras de bronze, sempre devorando e triturando, e calcando aos pés o que restava; 20e ainda a respeito dos dez chifres que tinha na cabeça, e sobre o outro que nascera e fizera cair outros três, sobre o chifre que tinha olhos e boca, e que fazia ouvir uma fala forte, e era maior que os outros. 21Eu continuava a olhar, e eis que este chifre combatia contra os santo e vencia, 22até que veio o Ancião de muitos dias e fez justiça aos santos do Altíssimo, e chegou o tempo para os santos entrarem na posse do reino. 23Respondeu-me assim: 'O quarto animal é um quarto reino que surgirá na terra, e que será maior do que todos os outros reinos; há de devorar a terra inteira, espezinhá-la e esmagá-la. 24Quanto aos dez chifres do reino, serão dez reis; um outro surgirá depois deles, e este será mais poderoso do que seus antecessores, e abaterá os três reis, 25e articulará insolências contra o Altíssimo e perseguirá seus santos e se julgará em condições de mudar os tempos e a lei; os santos serão entregues ao seu arbítrio por um tempo, por tempos e por um meio-tempo; 26o tribunal se estabelecerá, e ao chifre será tirado o poder, até ser destruído e desaparecer para sempre; 27e então, que seja dado o reino, o poder e a grandeza dos reinos que existem sob o céu ao povo dos santos do Altíssimo, cujo reino é um reino eterno, e a quem todos os reis servirão e prestarão obediência.'
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo Dn 3
- Filhos dos homens, bendizei o Senhor! Filhos de Israel, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!

- Sacerdotes do Senhor, bendizei o Senhor! Servos do Senhor, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!
- Almas dos justos, bendizei o Senhor! Santos e humildes, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21, 34-36
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Vigiai e orai para ficardes de pé ante o Filho do homem! (Lc 21, 36)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 34Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; 35pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. 36Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por Beato John Henry Newman (1801-1890)
Teólogo, Fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «Watching», PPS vol. 4, n.° 22

«Vigiai e orai em todo o tempo»
«Vigiai!», diz-nos Jesus com insistência. [...] Não devemos apenas crer, mas vigiar; não simplesmente amar, mas vigiar; não apenas obedecer, mas vigiar. Vigiar em função de quê? Deste supremo acontecimento: a vinda de Cristo. [...] Parece haver aqui um chamamento especial, um dever que de outro modo nunca nos ocorreria.
Temos uma ideia geral do que significa crer, amar e obedecer. Mas que significa vigiar? [...] Vigia à espera de Cristo aquele que mantém o espírito sensível e aberto, que permanece animado, desperto, cheio de zelo para O procurar e O honrar, que deseja encontrar a Cristo em tudo o que acontece [...] e que vigia com Cristo (Mt 26,38); aquele que, embora olhando para o futuro, também olha para o passado, contemplando o que o seu Salvador lhe conquistou e não esquecendo o que Cristo sofreu por ele. Vigia com Cristo aquele que recorda e renova na sua própria pessoa a cruz e a agonia de Cristo, e que veste com alegria a túnica que Cristo usou até à cruz e que deixou após a sua Ascensão.
Muitas vezes, nas epístolas, o autor inspirado exprime o seu desejo da segunda vinda, mas sem esquecer a primeira: a crucifixão e a ressurreição. [...] Assim, São Paulo convida os coríntios a esperar a vinda do Senhor Jesus Cristo (1Cor 1,7-8), mas não deixa de lhes dizer que tragam sempre no seu corpo a morte do Senhor, «para que a vida de Cristo Jesus se manifeste em nós» (2Cor 4,10). [...] O pensamento do que Cristo é hoje não deve apagar a lembrança do que Ele foi para nós. [...] Assim, na sagrada comunhão assistimos ao mesmo tempo à morte e à ressurreição de Cristo; lembrando-nos de uma e rejubilando com a outra, oferecemo-nos a nós próprios e recebemos uma bênção.
Vigiar é então viver desligado do presente, é viver no invisível, é viver no pensamento de Cristo tal como Ele veio a primeira vez e como virá no final dos tempos; é desejar a sua segunda vinda a partir da nossa lembrança, que ama e se sente reconhecida pela primeira.
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