terça-feira, 22 de setembro de 2015

Direito de ir e vir não é direito de dirigir, diz ativista em mobilidade urbana

Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil

Daniel Guth
O diretor da Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo, Daniel Guth, defende o desestímulo ao uso do carro na cidade Mariana Gil/ WRI Brasil EMBARQ Brasil
Diretor da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), uma das entidades mais ativas na defesa do uso de bicicletas na capital paulista, Daniel Guth defendeu o desestímulo ao uso de veículos na cidade e o incremento a outros modais de transporte como a bicicleta e o transporte coletivo.
Para ele, a instalação de vias exclusivas de ônibus na cidade, assim como para as bicicletas, a retirada de vagas de estacionamento para carros e o fechamento de rua aos veículos motorizados tem gerado nos motoristas o sentimento de perda de espaço e a falsa sensação da perda de direitos.
“As pessoas estão confundindo o direito de ir e vir com o direito de dirigir. Não pode haver essa confusão. Quando não é permitido a você circular de carro, não está se cerceando o seu direito de ir e vir, você pode muito bem se deslocar, a pé, de bicicleta, de transporte público, uma série de outros modos de transporte. As pessoas confundem, muitas vezes, o direito constitucional de ir e vir com o direito de dirigir”, disse Guth, em entrevista à Agência Brasil,  para marcar o Dia Nacional sem Carro, comemorado hoje (22).

A seguir, a íntegra da entrevista:

União Europeia volta a tentar hoje acordo sobre distribuição de refugiados

Da Agência Lusa
Migrantes que cruzaram fronteira da Sérvia com a Croácia aguardam em campo para fazer registro
Migrantes que cruzaram fronteira da Sérvia com a Croácia aguardam em campo para fazer registroEPA/Antonio Bat/Agência Lusa/Direitos Reservados
Os ministros dos Assuntos Internos da União Europeia voltam a se reunir hoje (22), em Bruxelas, em busca de um acordo sobre o programa de destribuição de refugiados sírios entre os Estados-Membros, um dia antes de uma cúpula extraordinária de líderes europeus.
Na reunião ministerial anterior, em 14 de setembro, os 28 adotaram formalmente o plano de recolocação de 40 mil refugiados que chegaram à Itália e à Grécia – sobre o qual já havia acordo político desde julho. Mas, sobre a nova proposta apresentada à Comissão Europeia, de reinstalar mais 120 mil refugiados, não houve consenso, motivando este novo encontro, assim como um Conselho Europeu extraordinário, ao nível de chefes de Estado e de Governo, que terá lugar já na quarta-feira, e que se espera que seja decisivo.
Já descartado parece estar um sistema de cotas obrigatório, recusado com veemência por países como Hungria, Polônia, República Checa e Eslováquia, que voltaram a se encontrar ontem (21), em Praga, e a se opor à repartição proposta por Bruxelas, embora garantam que trabalharão para um “acordo comum”.
Portugal estará representado na reunião de hoje pela ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, que na semana passada indicou em Bruxelas que o governo respondeu favoravelmente à proposta da comissão, que atribui a Portugal uma “cota” de cerca de 3 mil refugiados (além dos 1,5 mil previstos no quadro do plano de recolocação de 40 mil pessoas com necessidade de proteção internacional).

FONTE:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2015-09/uniao-europeia-volta-tentar-hoje-acordo-sobre-distribuicao-de