segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Prefeito Antônio Cláudio participa da Romaria de Nossa Senhora das Dores

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Fotos: Jorge Luiz
Na manhã do último domingo (13), o prefeito de Aracoiaba, Antônio Cláudio, acompanhado da vice-prefeita Maria Valmira (D. Bill), secretários e assessores, participaram do ato Litúrgico para celebrar a Romaria de Nossa Senhora das Dores, com o tema “Somos Todos Romeiros”.
Romeiros de toda parte do Ceará e do Maciço de Baturité, tomaram conta das principais ruas de Aracoiaba, para as festividades em honra a Nossa Senhora das Dores.
A procissão que se findou na Avenida Tiradentes (Praça da Estátua de Nossa Senhora Imaculada Conceição), no inicio da Cidade de Aracoiaba, trouxe um rebanho de todas as idades; numa missão de fé, que a cada ano, tem se multiplicado por novas gerações. O momento religioso promovido pela Paróquia Nossa Senhora da Conceição.
Fotos: Jorge Luiz
Junto com os fiéis, a imagem seguiu até o Santuário Mãe das Dores, sob aplausos e orações dos devotos que, em seguida, saíram em romaria pelas ruas da cidade.
Mesmo sob o sol quente os romeiros se fizeram presentes no Santuário Mãe das Dores. Povo de fé, povo romeiro.

História das Aparições

Santuário Mãe das Dores

Segundo os relatos antigos, no final do século XIX, na localidade de Moamba, três crianças buscavam lenha numa colina. Já de tardezinha um dos meninos ao olhar para umas pitombeiras viu uma senhora extremamente bela com um vestido da cor da lua. Assustado o menino que era surdo-mudo começou a gesticular mostrando aos outros que ali se dava algo extraordinário. Os meninos correram de volta pra casa e o surdo-mudo manifestou para a mãe, através de gestos, que tivera uma visão. A mãe, sendo muito religiosa, apresentou-lhe algumas imagens de santos. Vendo a imagem de nossa Senhora das Dores, o menino confirmou por meio de sinais que era aquela que tinha visto.
Quando em 1886 os três meninos que buscavam lenha viram Nossa Senhora aos pés de umas pitombeiras, deixaram ali os feixes de lenha e voltaram correndo assustados para casa. Só ao terceiro dia é que resolveram voltar àquele local e, então tornaram a ver a dita Senhora. Quantas vezes aconteceram estas aparições não sabemos ao certo, mas todos os relatos são unânimes em admitir que a Virgem Dolorosa pediu que se construísse ali uma capela em sua honra dando inclusive as dimensões da mesma mandando colocar pedras nos quatro ângulos. Para verificar se esses meninos estavam mentindo ou não, um caixeiro viajante que aguardava a passagem do trem teve a feliz ideia de mandar chamar um pedreiro para conferir se as medidas marcadas com pedras pelos meninos eram corretas. Ficou constatado que eram tão certas e exatas que não podiam ter saído da inteligência dessas criancinhas tão rudes.
(O começo da devoção e a capelinha de taipa)
A devoção começou em meio à dor. Os meninos começaram a sofrer. Pois se uns acreditavam a ponto de fazer chá com as folhas das pitombeiras para se curarem de suas doenças, outros, talvez mais numerosos, diziam ser mentira e não acreditavam neles. Até mesmo os pais dos meninos duvidavam e os ameaçavam não acreditando neles e fazendo-os passar por humilhações. Mas mesmo assim a capela pedida por Nossa Senhora foi construída. Era pequena, de taipa, coberta com telhas com piso de terra batida.
(A promessa de Cirilino Pimenta)
Correndo o ano de 1925, Cirilino Pimenta teve um derrame cerebral que o deixou paralítico e sem fala. Nestes apuros, lembrando-se do pedido da Virgem Maria por ocasião das aparições, Cirilino fez a promessa de erigir por sua conta uma capela em honra de Nossa Senhora das Dores, se recuperasse a fala e pudesse andar. De fato ele foi atendido e ficou curado.
(A construção da Capela do Alto Santo)
Cirilino Pimenta, cumprindo a promessa que fizera quando doente, construiu uma capela bem maior que a primitiva de taipa, mas não no local indicado por Nossa Senhora. Mais ampla que a primitiva capela de taipa, a nova igreja foi construída em um local um pouco mais abaixo para poder ser vista pelos que passavam de trem. A inauguração da nova capela se deu em 28 de setembro de 1928 com grandes festejos. Durante algum tempo a capela de Nossa Senhora das Dores construída por Cirilino Pimenta, ficou em completo abandono, chegando mesmo a ruir o teto. Assim a encontrou o vigário Frei Jeremias Saraiva Teles quando em 1974 foi visitar o lugar. 
(O lírio entre os espinhos)
Quando frei Jeremias, em 1974 abriu a capela do Alto Santo, teve uma grande surpresa: um enorme espinheiro de dois metros de altura ou mais, bem defronte ao altar e com galhos tão compridos que chegavam a debruçar-se sobre a imagem de Nossa Senhora das Dores e a cobri-la toda. O dito arbusto de escassas folhas e de grandes e abundantes espinhos brotou num pequeno espaço entre um ladrilho e outro. Este fenômeno singular de um misterioso espinheiro, cuja espécie não se encontra nessa região mereceu uma interpretação dada por Frei Jeremias. “É como se a Mãe Dolorosa, magoada com esse desprezo e esse abandono estivesse a dizer: Vede, filhos meus, eu vim do céu a este lugar para estar mais perto de vós, para aliviar vossas penas, para cobrir-vos com minhas graças e proteção especial. E vós, que me destes? Cobriste-me com os espinhos da vossa ingratidão, do vosso desprezo e do vosso abandono”.
(A reconstrução da capela das aparições)
Em 1985, enquanto lia a narração das aparições de Nossa Senhora em Pesqueira (Pernambuco), o padre jesuíta Abner Andrade, foi interrompido por uma antiga moradora de Moamba que perguntou: “E o senhor não sabe que Nossa Senhora apareceu muito mais perto de nós, em Aracoiaba?”. E contou-lhe a história como ela sabia. O sacerdote investigou o caso e percebendo que o verdadeiro local das aparições estava completamente abandonado e coberto pelo mato fez um apelo ao povo para que se adquirisse o terreno e lá fosse construído um pequeno Santuário no local exato da primitiva capelinha de taipa. Em 1986 um grupo de jovens de Aracoiaba encontrando as ruínas da antiga capela de taipa, reconstruiu o oratório no mesmo lugar e nas mesmas dimensões. Essa capelinha das aparições foi inaugurada em 31 de maio de 1986. 
(A retomada da devoção no Alto Santo)
Passados 25 anos da reconstrução da capelinha das aparições, o Alto Santo voltou a ganhar destaque. A história foi tema de reportagem para um canal de televisão, a capelinha recebeu pintura e um patamar onde foi celebrada a missa e a coroação. O local das aparições voltou a ser valorizado como Santuário Mariano, lugar privilegiado para a oração e contemplação da natureza por ser rodeado de vegetação nativa.
(A construção da Via Matris)
A devoção mariana no Alto Santo ganhou um importante reforço. A Via Matris - o caminho da Mãe - que foi construído ao redor do Santuário. Foram erguidas sete estações, representando as sete dores de Maria onde os fiéis podem rezar contemplando a via dolorosa da Virgem Mãe de Deus. Nas dores de Maria colocamos também as nossas dores e, contemplando a Via Matris pedimos força para prosseguir na vida e na fé.
A história vira filme
Em agosto de 2011 foi lançado o filme “Milagre no Alto Santo”. O filme conta a história das aparições e do começo da devoção no local. Disponível em dvd, o filme também pode ser visto no youtube. Confira: http://youtu.be/7Biz0WUFZOc
Matéria: Flávio Silva
Fonte História das Aparições : Paróquia de Aracoiaba
Fotos: Jorge Luiz


FONTE: ARACOIABA NEWS

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