domingo, 29 de março de 2015

Adoçante faz mal?

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Você consome adoçante diariamente e deseja saber se adoçante faz mal? Adoça o cafezinho e sucos com adoçantes artificiais? 

Cuidado! Às vezes nos lembramos que tomamos poucas gotas de adoçante por dia, mas esquecemos que consumimos refrigerantes e outros alimentos light e diets. Neles, também há adoçante. E tudo em excesso faz mal. Você pode estar ingerindo uma quantidade excessiva de adoçantes (edulcorantes) sem se dar conta disso.

Adoçante faz mal?


1. Os males do adoçante (edulcorante)


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reduziu a quantidade máxima dos adoçantes sacarina e ciclamato em bebidas e alimentos. Ela também aprovou o uso de três novas substâncias no país, taumatina, eritritol e neotam. A nova regulamentação para os edulcorantes, outro nome para adoçante, foi baseada em normas americanas e europeias sobre o uso de aditivos em alimentos.

Para estabelecer limites máximos desses produtos artificiais em comidas e bebidas, a Anvisa se apóia na Ingestão Diária Aceitável (IDA) dos aditivos. A IDA estima quanto uma pessoa pode ingerir de uma substância por dia e durante toda a vida, sem colocar sua saúde em risco. O cálculo desse índice pode ser feito pelo site do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) no endereço:
http://www.idec.org.br/arquivos/calc_edulcorantes.xls.


Adoçante faz mal?
Adoçante faz mal?

2. SACARINA E CICLAMATO


As substâncias sacarina e ciclamato já são proibidas em alguns países.

A sacarina não pode ser usada no Canadá 
O ciclamato está proibido nos Estados Unidos. 


Alguns testes feitos em camundongos resultaram em câncer na bexiga dos animais. Não é comprovado o risco em seres humanos, mas os estudos com animais incentivaram a proibição dos edulcorantes em alguns países e sua restrição no Brasil.

O médico endocrinologista Marcio Mancini, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade, acredita que os adoçantes consumidos dentro do limite recomendado são absolutamente seguros e não causam nenhum mal.

“A maioria dos limites de consumo de adoçante foi determinada em estudos com animais. A dose máxima em humanos é 10% da dose mínima que mostrou qualquer tipo de toxidade em animais, então, a margem de segurança é bastante grande”, garante o endocrinologista.

A nutricionista Edeli Simione de Abreu, de São Paulo, diz que o problema da toxidade da sacarina está associado com doses elevadas do adoçante. Em relação ao ciclamato, a especialista conta que algumas experiências com animais sugeriram o envolvimento do edulcorante com o desenvolvimento de neoplasias (câncer). “Esses edulcorantes devem ser utilizados somente como adoçante de mesa e não podem estar contidos em produtos diet e light, para evitar o excesso de consumo”, diz a nutricionista.

Para Marcio Mancini, a restrição da Anvisa é uma precaução, pois o consumo de adoçantes aumentou bastante e as pessoas tendem a utilizar diversos produtos com aditivos artificiais. A respeito dos novos edulcorantes aprovados, Mancini acha errado dizer que são adoçantes que “causam menos mal”. “Parece que estão falando de veneno. Eles são mais modernos, mas não significa que os outros causam tão mal assim”, diz. Segundo o especialista, alguns refrigerantes continham uma quantidade de ciclamato capaz de fazer o consumidor atingir a dose máxima permitida mais facilmente. “Mas até onde eu sei, a maioria dos refrigerantes não contém mais ciclamato. Agora eles têm aspartame e sacarina”, conta ele.


3. Sucralose (Linea) e frutose


Para quem pretende escapar do adoçante e do açúcar, mas quer manter seus alimentos e bebidas doces, a nutricionista Edeli Simione não vê muita alternativa. “Somente se utilizar o mel, mas isso será tão calórico quanto a sacarose”, afirma ela. No entanto, a nutricionista diz que existe um novo adoçante no mercado, a sucralose. “É um derivado da sacarose. Não acarreta em problemas e tem um sabor agradável”, sugere.

O adoçante linea é feito a base de sucralose. Segundo o fabricante "Todos os adoçantes da Linea podem ir ao fogo, pois são à base de sucralose."


Já o endocrinologista dá uma nova dica para os consumidores que não querem usar edulcorantes e também não apostam no açúcar. “Pode-se utilizar frutose. É um tipo de açúcar que tem um poder adoçante muito maior que sacarina. Usa uma quantidade pequena de açúcar, mas tem um gosto bem mais doce”, diz. De acordo com Mancini, a frutose é recomendada para pacientes com diabetes.

Este é o caso da professora aposentada Daizi Aleixo. Diabética há 25 anos, ela trocou o açúcar pelo adoçante por causa da doença. Daizi se considera consumidora assídua de edulcorantes. Só no café ou no leite, a professora coloca mais de cinco gotas. “Eu sei que o aspartame retém no organismo e o organismo não consome ele, mas não posso abandonar. O açúcar faria muito mais mal”, lamenta.

Daizi Aleixo considera necessárias as novas recomendações da Anvisa e opina. “É bom saber os malefícios e que a quantidade de aditivos nos produtos é controlada. Tudo em excesso faz mal, até a cautela”, declara.


Fonte: UOL

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FONTE: SAÚDE COM CIÊNCIA

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